O que é? 

A União Espírita Paraense (UEP) é a casa federativa do Movimento Espírita Paraense (MOVESP). Adesa à Federação Espírita Brasileira (FEB), foi fundada em 20 de maio de 1906 e é uma organização civil religiosa, com personalidade jurídica, de direito privado, sem finalidade econômico-lucrativa. No entanto, também possui caráter científico, filosófico, educacional, beneficente, assistencial e filantrópico dedica à Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec. 

 

Qual seu objetivo ?

A UEP existe a fim de promover a unificação do Movimento Espírita paraense, difundir a prática da caridade espiritual (Atendimento Espiritual, Irradiação, Atendimento Fraterno etc.)  e material; e estimular o estudo da Doutrina Espírita (Infanto-juvenil, Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita e Estudo da Mediunidade)  nos seus aspectos científico, filosófico e moral. Além disso,  deve orientar e congregar as organizações espíritas do estado a fim de corroborar em favor do bem estar, da saúde e da assistência social da coletividade.

 

História 

O Movimento Espírita paraense iniciou no final do século XIX, em 1879, em meio a onda de entusiasmo, espanto e admiração, que vinha da Europa e da capital do país na época, Rio de Janeiro, causada pelo fenômeno das manifestações espirituais, que eram explicados à luz da Doutrina dos Espíritos. Foram surgindo diversos grupos de estudos e reuniões nos mais variados pontos da capital do estado do Pará. Esses primeiros espíritas promoveram ações em auxílio das vítimas do incêndio de Taboão (BA) e de prisões arbitrárias no governo de Justo Chermont. Com o passar  do tempo, o movimento consolidou-se, surgiram novos centros espíritas comprometidos com o estudo e a prática da nova doutrina. A necessidade de uma organização coordenadora ficava cada vez mais  clara

Os frequentadores ainda enfrentavam muito preconceito pela frequente confusão gerada por discursos distorcidos por detratores do Espiritismo relacionando os espíritas a invenções. No entanto, o movimento paraense em prol da Doutrina dos Espíritos manteve-se forte perante os ataques. Apesar de ter sido fundada em 1906, foi somente em seu 13º aniversário, em 1923, que a instituição difusora das ideias espíritas em território estadual conseguiu, finalmente, garantir seu próprio prédio por meio da doação de Frederico Figner, na antiga Avenida Liberdade, n°104; hoje Osvaldo Cruz, n°45. 

Transcorrido aproximadamente meio século da presença espírita no Pará, já havia um melhor esclarecimento sobre o que é o Espiritismo e aceitação era maior. Tanto que o  governador Magalhães Barata, então governador do Pará, esteve presente na comemoração do aniversário de 100 anos da Doutrina Espiritista. Mais tarde, em 1979, ocorre a aquisição e estruturação da unidade da UEP Castelo por meio de doações e venda do terreno.  

Na reforma do estatuto da UEP de julho de 1988, os Conselhos Regionais Espíritas (CREs) foram elaborados, com o objetivo  de promover atividades de unificação do Movimento Espírita , em determinadas áreas geográficas do Pará.  Por meio desses órgãos, a UEP procurou descentralizar as ações que deveria desenvolver, visando melhor atender às tarefas de Unificação, criação de novas atividades nos centros existentes e o surgimento de novas casas espíritas. 

Com o decorrer dos anos, em 1965,  a Comissão de Apoio da Juventude, sucedida pela Coordenadoria de Juventude (COJUV), — que planeja todas as  atividades relacionados com a “Juventude”, no trabalho de unificação realizado pela UEP, decidiu, inspirada no Confraternização de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil, fazer um encontro estadual de jovens Espírita. Esse evento foi chamado de Confraternização de Mocidades e Juventudes Espíritas do Pará (COMJE-PARÁ) e ocorreu de 1965 a 1972. Após isso foi transformado no Encontro Intensivo do Movimento Espírita (EIMEP), que é até hoje um dos principais eventos espíritas do ano.

Atualmente a UEP também promove o Congresso Espírita Paraense  que , até 2020, terá sua 5ª edição. Sempre em sintonia com uma data ou tema de grande importância para o Movimento do Espírita  do Pará, os Congressos atraem espíritas de todas as partes do Pará e alguns estados do Brasil. 

Estrutura 

A UEP  é formada por uma diretoria constituída de 11 membros, assessorada por 13 coordenadorias e departamentos e, para descentralizar essas ações, definiu uma geografia espírita composta de 26 pólos regionais, chamados de Conselhos Regionais Espíritas (CRE’s) e Conselho Regional Espírita Embrião (CRE Embrião), cujos  CRE’s dão base para o CONFE – Conselho Federativo Estadual, de onde partem todas as diretrizes de unificação. A União Espírita Paraense conta também com a presença do Departamento Fonte Viva que exerce a função de centro espírita dentro da instituição. 

 

Estatuto 

É o documento no qual estão descritas as principais normas jurídicas da instituição e no qual são caracterizadas suas principais funções. Você pode consultar o Estatuto da UEP neste link

 

Sedes 

A União Espírita Paraense possui duas sedes : a Uep Oswaldo Cruz e a Uep Castelo Branco . 

A  UEP Oswaldo Cruz foi inaugurada em 20 de maio de 1923 como a primeira sede fixa da instituição, além das funções administrativas da UEP , hoje ela abriga atividades do  Departamento Fonte Viva, e a Livraria André Luiz. Está localizada na Rua Oswaldo Cruz,  45, no Bairro da Campina, bem em frente a Praça da República, em Belém. 

Já a UEP Castelo Branco, localizada na Travessa Castelo Branco, foi inaugurada em 1986 como objetivo de expandir as atividades da UEP.  Atualmente abriga atividades dos órgãos departamentais da UEP, uma filial da livraria André Luiz e é onde ocorre os principais cursos, palestras e  eventos promovidos pela UEP em Belém. Está localizada na Avenida Castelo Branco,  1272, no bairro de São Braz , em Belém. 

 

Plano de Trabalho 

O Plano de Trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro é um instrumento de abrangência nacional para orientar o planejamento de ações pelas entidades federativas estaduais , seus órgãos de Unificação e pelos Centros Espíritas. O primeiro Plano de Trabalho foi implementado no quinquênio (período de  5 anos) 2007-2012. O Conselho Federativo Nacional da FEB, além de aprovar o Plano de Trabalho, também tem o papel de acompanhar sua execução.