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Caridade deve começar com a atenção à família

“Eu e minha família. Qual a minha contribuição para o mundo de regeneração? e “Família e Sociedade: desafios na família” foram os temas respectivamente do segundo e terceiro módulos do 46º Encontro do Movimento Espírita Paraense (Eimep 2024) neste domingo (11), nas dependências do IFPA.

Várias foram as formas e estratégias utilizadas pelos trabalhadores para a condução dos temas nas salas. No grupo dos adultos, conduzido pelo facilitador Marcos Nascimento, o debate teve como base o texto “A Chave do Céu”, que integra a publicação de agosto de 1865 da Revista Espírita-Jornal de Estudos Psicológicos, editada por Allan Kardec.

Apesar de ter 159 anos e ter sido escrito em contexto social e econômico do século XIX, o texto ditado pelo espírito Lacordaire traz lições importantes para a vida atualmente. A primeira delas é que a “a prática da caridade é a expressão da solidariedade”.

Segundo o autor, “A caridade é o ato de nossa submissão à lei de Deus, é o sinal de nossa grandeza moral; é a chave do céu”. Ele destaca a importância da caridade material e que não cabe ao doador saber se as pessoas que estão pedindo ajuda são verdadeiramente necessitadas.

No entanto, o autor diz que há uma hierarquia a ser seguida para a prática da caridade, ou seja, primeiro a família, com responsabilidade ao cônjuge e aos filhos, ensinando-os a não viver de forma egoísta. Depois, atenção aos pais que lhe deram a vida, irmãos segundo a carne, amigos de coração e depois as pessoas necessitadas.

Então, a atenção à família foi a parte do texto que estimulou o debate levando os participantes a falarem sobre suas vivências familiares.

O facilitador Marcos Nascimento disse que a família é um presente que precisa de atenção especial e que tem que haver um equilíbrio entre essa atenção e a atenção que se dá a outras coisas que também são importantes. Ele também enfatizou a importância de se tomar a iniciativa para pôr fim aos conflitos familiares. “Somos espíritos, precisamos perdoar erros que cometemos no passado quando éramos imaturos e mudar o nosso comportamento”, afirmou.

Avaliando a manhã de atividades, Marcos Nascimento disse que foi bastante positiva porque, no dia anterior, os participantes estavam meio retraídos de expor alguma dificuldade e situação da família e a maior parte deles falou coisas boas. E hoje já começaram a falar sobre suas dificuldades com seus familiares. “Isso é bacana porque conhecer e identificar o problema é o primeiro passo para resolver o problema. Então, hoje todo mundo participou muito, cada um aproveitou a oportunidade para pensar, refletir, para trocar experiência com o outro, para ouvir e eu tenho certeza de que isso tocou. Se não todos, a grande maioria vai sair daqui tocada para pensar e refletir, inclusive eu. Estou cheio de coisas que eu anotei e muita coisa para pensar. Realmente todo mundo pensa que a família do outro é perfeita e não é. E quando vem aqui e vê que realmente não é, já começa a pensar diferente. Estamos numa construção legal”, relatou.

Os próximos módulos serão “A paz em família: superando as dificuldades da convivência” e “Jesus e a Família: relações familiares saudáveis. “Vamos acrescentar Jesus no lar e trazer recursos para lidar com as dificuldades. E eu acho que vai ser ainda melhor”, concluiu.