A abertura oficial do 47º Encontro Intensivo do Movimento Espírita Paraense (Eimep) foi realizada, às 17h30 deste sábado (1º), no ginásio do Instituto Federal do Pará (IFPA), contando com a presença da Diretoria da União Espírita Paraense (UEP) e uma apresentação artística organizada pela Coordenadoria de Arte da UEP. O tema deste ano é “Mediunidade com Jesus”.
A solenidade foi conduzida pela coordenadora da Coart, Jucimara Passos, que, inicialmente, deu alguns avisos importantes sobre segurança e saúde durante o evento e lembrou que os aplausos deveriam ser dados em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A prece foi feita pela presidente da UEP, Bete Abreu, agradecendo e pedindo à espiritualidade amiga assistência para todos os trabalhadores e participantes durante todas as atividades do Eimep 2025, para que tudo transcorra com equilíbrio, paz e alegria.
Sobre o tema “Mediunidade com Jesus”, Bete Abreu disse que a Doutrina Espírita é a Doutrina dos Espíritos e como tal, as pessoas precisam compreender que as coisas mais importantes são as espirituais. “Durante a prece eu pude perceber que daqui emana um potencial de energia, de vibração de cada um de nós, do coletivo, que somado vai atender as necessidades desta instituição que nos cede o espaço, que a gente tem que agradecer, o entorno, dos hospitais, do estado do Pará, do movimento espírita paraense do nosso Brasil que está precisando deste alimento espiritual”.
A 2ª vice-presidente da UEP e coordenadora do Eimep, Iracema Fernandes, deu as boas-vindas, agradeceu a presença de todos e disse que estava muito feliz de ver as famílias reunidas em um ambiente acolhedor e fraterno.
Ela espera um encontro de muito aprendizado e reflexões profundas sobre o tema, principalmente com o entendimento de que todas as pessoas são médiuns e sobre a importância desse tema – a mediunidade – estar presente na vivência do dia a dia. “Esperamos que esses dias sejam de muitas reflexões acerca dos assuntos que estão sendo estudados nas salas a fim de que o nosso dia a dia seja de muita harmonia na nossa família e, como consequência, na sociedade”.
O 1º vice-presidente da UEP, Heitor Lacerda, começou o seu pronunciamento perguntando à plateia “quem tem medo da morte?”, porque a principal informação da mediunidade é a sobrevivência do ser após a morte do corpo. “Se não houvesse a sobrevivência do ser não existiria a mediunidade. Então, a constatação de que nós não morremos, que nós não somos corpo, ela é muito importante. Mas a falta de estudo e aprofundamento da Doutrina Espírita faz com que muitas pessoas que se dizem espíritas tenham medo da morte. Daí a importância do Eimep em trazer esse tema para a estudo e reflexão dos participantes”, disse o dirigente da UEP.
Campanha – Na oportunidade, o diretor da Livraria André Luiz, Carlos Correia, informou que a UEP em parceria com a Federação Espírita Brasileira (FEB) iniciou uma campanha sobre 160 anos do Livro “O Céu e o Inferno”, para ser desenvolvida em todas as casas espíritas do Pará.
Ele disse que esse livro traz muitas questões que precisam ser enaltecidas e enfatizadas e dado a elas a verdadeira importância. “Por exemplo, a preocupação maior de Kardec era com relação ao pensamento religioso da época e com isso, muitas pessoas tinham dúvidas a respeito do céu e inferno, a vida após a morte, a imortalidade da alma, as penas eternas e as penas futuras”.
Então, conforme Carlos Correia, Kardec resolveu escrever o livro “O Céu e o Inferno”, tratando sobre as leis divinas e trazendo para a sociedade as questões consequenciais da justiça em cima dos atos de cada um no cotidiano. “Então, é uma obra belíssima, que tem como o seu ingrediente principal, o código da vida futura que trata dos nossos atos e comportamentos que a gente acaba tendo no nosso dia a dia e não sabe das implicações que isso traz para nós e essas implicações sobretudo são colhidas pela justiça divina”, comentou.
Carlos Correia informou ainda, que em função da parceria com a FEB, a UEP o livro “O Céu e o Inferno está sendo vendido ao preço de custo de apenas R$ 6,00. “É um preço superatrativo que dá condições para que todas as pessoas das diversas classes possam adquirir, divulgar e fazer o uso dessa obra em rodas de conversa, palestras, estudos diversos, envolvendo desde a infância até o público adulto”, informou.
“Como a gente não tem o alcance em nível de espiritualidade, nós fazemos essa mobilização entre nós, enquanto investidos num corpo de carne, no sentido de estarmos juntos, de nos aproximarmos, porque de longe é tudo lindo. Mas quando a gente se aproxima tem os atritos. Mas é através desses atritos que a gente vai treinando paciência, tolerância, indulgência, fraternidade, então entre nós é no sentido de transformação e de crescimento espiritual”
A solenidade de abertura do Eimep 2025 foi finalizada com uma apresentação artística intitulada “A Luz da Mediunidade com Jesus”, organizada pela Coart, um trabalho feito por muitas mãos, envolvendo música, dança e teatro, com a participação da Equipe Alegria, da Mocidade Espírita Legião do Bem (Melb), do grupo de teatro Caminheiros do Bem, Celuz e dos jovens cantores Ranier Rocha e Yuri Farias
O objetivo do espetáculo foi mostrar que a mediunidade sempre esteve presente na história da humanidade, desde antes de Jesus, com Jesus, e com a Doutrina Espírita, enaltecendo importantes nomes como Alan Kardec, Irmãs Fox, Yvone do Amaral, Benedita Fernandes, Chico Xavier, Ana Prado e muitos outros; e ainda as cartas psicografadas que trouxeram consolo a muitas famílias, provando que a morte não existe.
Antes da solenidade de abertura, por volta das 16h, os participantes iniciaram, ainda, o primeiro módulo com o tema “Imortalidade da Alma: há espíritos?”. O estudo foi conduzido pelos facilitadores de cada faixa em sala.
DECOM | UEP
