No momento, você está visualizando 47º Eimep é encerrado em clima de alegria e missão cumprida com as crianças, jovens e adultos

47º Eimep é encerrado em clima de alegria e missão cumprida com as crianças, jovens e adultos

Em clima de muita alegria e de missão cumprida, foi encerrado, na manhã desta terça-feira (04), no Instituto Federal do Pará (IFPA), o 47º Encontro Intensivo do Movimento Espírita Paraense (Eimep), organizado pela União Espírita Paraense. O encontro é organizado anualmente pela União Espírita Paraense (UEP).

Este ano, o tema foi “Mediunidade com Jesus” e contou com a participação de cerca de 600 pessoas entre crianças, jovens e adultos, divididos em diversos grupos para estudar o assunto durante os quatro dias de Carnaval.

Durante o evento foi votado e anunciado o tema do próximo ano, que será “Ninguém poderá ver o Reino dos Céus se não nascer de novo”, que abordará sobre a reencarnação.

A programação de encerramento, no ginásio do IFPA, contou com apresentação das crianças e dos jovens, apresentação da canção em esperanto “Venas lumo!”, em português “Quanta luz!”; e a encenação de uma peça de teatro.

A peça teatral mostrou que a morte não existe e que quem desencarna sente a dor dos entes que ficam e pode se comunicar para dizer que continua vivo e aliviar a saudade da família. A montagem foi da Equipe Alegria com a Coordenadoria de Arte (Coart) da UEP.

Avaliação – A 2ª vice-presidente da UEP e coordenadora do Eimep, Iracema Fernandes, viu o tema deste ano como muito importante para as crianças, principalmente para aquelas que são levadas às casas espíritas porque já se deparam com manifestações mediúnicas no ambiente familiar. “Então, para as crianças é importante esse entendimento sobre mediunidade. Também é importante os pais das crianças entenderem que esse processo é normal no âmbito da doutrina espírita. Portanto, é necessário que os pais saiam daqui com um entendimento mais amplo para melhor atender as suas crianças”.

Quanto aos jovens, na maioria das vezes, eles não sabem como lidar com essas situações. “Então, é muito importante esclarecê-los”, afirmou. Ela perguntou a um jovem como estava o assunto na sala e ele respondeu: “ Agora eu vejo a mediunidade não como uma bruxaria, mas como uma bênção, que não é doença, mas é o lado orgânico”, relatou Iracema Fernandes.

E para os adultos, já que muitos chegaram à Doutrina Espírita, querendo que a mediunidade fosse retirada deles, o esclarecimento vai fortalecer o estudo nos centros espíritas, principalmente da obra “O Livro dos Médiuns”, que foi citado pelos facilitadores, ressaltando a importância de todos os médiuns estudarem. “Antes de ir para uma prática mediúnica, o médium precisa estudar, estudar, estudar. Porque, no caso do adulto, há necessidade do autoconhecimento. Ele precisa se autoconhecer para entender as situações que estão acontecendo com ele, e para melhor atender esse desenvolvimento mediúnico”, finalizou.

A coordenadora da Área da Mediunidade (Coame), da UEP, Stela Pojuci, visitou os diversos setores do Eimep como salas das crianças e adultos, livraria e lanchonete. “Comprei alguns exemplares do livro “O Céu e o Inferno”, que completa 160 anos de lançamento este ano, para levar para o Vinha Luz, onde eu sou trabalhador. Estive na lanchonete, provei uns lanches gostosos. Então, de modo geral, acho que o encontro foi muito bem organizado”, comentou.

Sobre a contribuição do tema deste ano para a sociedade paraense, ela acredita que traz um grande consolo, porque, apesar de todo o avanço tecnológico e científico, as pessoas ainda temem muito a morte. “A morte ainda é vista muito, por alguns, como uma finitude, como uma separação imensa, uma dor. Tem pessoas que entram em verdadeiros desequilíbrios emocionais após a morte, que para nós, é a desencarnação”, disse a coordenadora.

“Você sai da carne. O termo “des” significa sair, e vai para um plano espiritual, de acordo muito com a condição de vida aqui, não se transforma num anjo nem num demônio, vai ficar num plano espiritual condizente com a sua forma de viver aqui, e com ele poder se comunicar. A mediunidade é esse grande gancho de consolo”, explicou.

Stela disse que quem morre pode se comunicar, dizer que está vivo e dar notícias. Então, ela acredita que “Mediunidade com Jesus” foi um tema muito apropriado, não só para o movimento espírita, mas como um incentivo para que todos que participam das casas espíritas estudem sobre o assunto. “Porque tem trabalhador que acha que só deve estudar a mediunidade ou participar da reunião mediúnica quem é médium. Não, você pode até nem querer participar da reunião mediúnica, mas você é evangelizador, você é coordenador da juventude, você é aplicador de passe, seja qualquer atividade que você tenha, você precisa conhecer, estudar a obra básica, que é o Livro dos Médiuns, e estudar a mediunidade, porque o espiritismo, a doutrina espírita surge a partir do fenômeno mediúnico”, concluiu Stela Pojuci.

Unificação – O primeiro vice-presidente da UEP, Heitor Lacerda lembrou que o Eimep é um evento muito importante para o Movimento Espírita Paraense porque trabalha o aspecto do conhecimento doutrinário, fidelidade e interiorização das verdades doutrinárias que a Doutrina Espírita trouxe por meio de Jesus. “Ela tem um objetivo também de integrar as pessoas porque ninguém pode ser amigo do outro sem se conhecer. Então esses quatro dias de convivência do Movimento Espírita criam vínculos que são capazes de se perpetuar”.

Além disso, conforme Heitor Lacerda, a unificação do Movimento Espírita teve um grande avanço a partir do Eimep. “Unificação é a identidade, é a busca do propósito único. Nós não pretendemos que o movimento fique uniforme, mas que ele esteja coeso com o mesmo objetivo sempre”.

DECOM | UEP